Acabou a vindima em MOURAZ!



No Sábado passado, 18 de Outubro, acabou a nossa vindima. As uvas tintas da vinha da Fraga foram as últimas a ser colhidas. Costuma ser assim todos os anos, é uma vinha tardia, precisa de tempo para amadurecer. Alguns dias de chuva, intercalados por mais dias de sol, ajudaram a ter uma boa maturação. Era noite e ainda se deitavam os cachos para dentro do desengaçador. Talvez tenha sido a vindima que acabou mais tarde nos últimos anos. Hoje, 2ª feira, vamos prensar o primeiro tinto que já terminou a fermentação.

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Uma parte da história, por António Lopes Ribeiro

Nasci em Dezembro de 1970, numa casa de granito construída pelo meu pai, António Ribeiro, num terreno herdado pela minha mãe, Maria Fernanda, outrora pertença do meu avô que por sua vez o tinha recebido do meu bisavô. A pedra utilizada na sua construção foi, ela própria, arrancada nesse terreno. Segundo conta o meu pai, hoje com mais de 80 anos, a casa e os armazéns demoraram dois anos a construir. De uma terra inóspita e praticamente inculta nasceu uma bela construção e vários terraços perfeitamente aráveis, onde viria a nascer a vinha do Outeiro. Conta também que, nesse ano, em virtude da grande preocupação com a obra, perdeu praticamente toda a colheita de vinho...

Mesmo assim ainda teve tempo para plantar uma nova vinha. Nasci sobre uma adega, com cubas de betão, lagar e tonéis. Em Dezembro os vinhos ainda se ajeitavam no interior do vasilhame e os seus aromas atravessavam o tabuado que separava a adega do meu quarto. Sou o quarto filho, irmão de Adriano, Hélder e Jorge.